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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Pais e filhos: uma relação de afeto
No consultório de psicologia são comuns as queixas dos pais referentes ao
mau comportamento dos filhos e a evitação que ambos (pais e filhos) sentem na
convivência. Ao invés do amor, o sentimento que parece predominar é a angústia
e até raiva um pelo outro.
A verdade é que, muitas vezes, a falta de tempo ou a negligência na
elaboração e fiscalização das regras por parte dos pais faz com que as crianças
se sintam rejeitadas, deixadas para segundo plano. Em contra-partida elas
também não cumprem com suas responsabilidades, não respeitam os pais e tem
inúmeros outros comportamentos para chamar a atenção.
A educação de filhos é uma tarefa complicada, pois exige dos pais o
equilíbrio perfeito entre o limite e o amor. E em muitos momentos percebo que o
exagero em um dos aspectos provoca desentendimentos e até necessidade de
acompanhamento psicológico e orientação familiar.
É importante que os pais saibam
que é possível aplicar normas, colocar regras no dia-a-dia, mas também ser
afetuoso, abraçar, beijar, conversar e se interessar pelo dia da criança, sem
ir contra a rigidez necessária no controle das responsabilidades das crianças.
Em certos momentos, os conflitos são tão fortes que é necessário um
resgate do vínculo entre pais e filhos, para isso eu resumo aqui alguns
princípios norteados para esse fim:
Para fortalecer o vínculo:
- Incentive seu filho a falar de seus sentimentos e problemas com você. Passe confiança. Seja parceiro e melhor amigo. Você certamente é a pessoa que mais o ama no mundo então por que não tornar isso evidente? Faça a criança sentir que ela pode contar com você, que pode falar, se abrir. Afinal ela não tem conhecimento, experiência, liberdade ou mesmo condições financeiras para poder resolver problemas sozinha;
- Dê ouvidos para o que a criança tem para contar. Isso além de motivar, ajuda no desenvolvimento intelectual e emocional da criança;
- Nunca finja estar prestando a atenção no que ela diz interessado na novela. A criança vai perceber que você não está interessado e não vai mais falar;
- Não comente seu mau desempenho na frente de terceiros, que nada tem haver com o problema ou nada vão fazer para ajudar;
- Nunca usar palavras pejorativas para se referir à criança, ou olhá-lo de forma passiva, conformado com suas dificuldades e defeitos.
- Veja bem o que e como você vai falar com a criança pois nunca se sabe como as palavras vão ecoar dentro dela;
- Incentive a criança a freqüentar uma religião, a formação de princípios e valores são norteadores para a educação;
- Nunca julgue os amigos de seu filho sem conhecê-los antes. Contudo, ajude-o a discernir as boas e as más amizades;
- Seja afetivo, abrace, beije;
- Peça desculpas quando você errou, deixe claro que todos cometem erros, mas nem todos tem a capacidade de assumi-los;
- Cuidado para que a forma de educação que você teve e seus preconceitos não afastem vocês. Você deve deixar claro tudo o que você pensa, mas procure não impedir que seu filho viva.
- Seja tolerante com os erros, ele está apenas aprendendo. Afinal, você também já passou por isso.
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